Nesta segunda-feira, 25 de agosto, estava prevista a apresentação da proposta do Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR) da saúde na reunião da Mesa Estadual de Negociação Permanente (MENP). O encontro havia sido previamente agendado em ata pelo próprio governo de Rondônia, há mais de 60 dias.


Apesar da presença expressiva de representantes da categoria médica e de outros segmentos da saúde, além do secretário de Estado da Saúde, nenhum integrante da Casa Civil e da MENP compareceu no período da manhã, o que frustrou a expectativa de avanço no diálogo.




Diante da ausência, os sindicatos da saúde realizaram uma reunião emergencial na sede do SIMERO para discutir os próximos encaminhamentos. Durante a reunião, o secretário de Saúde entrou em contato por telefone e propôs uma reunião de urgência com a Casa Civil e a MENP às 15h do mesmo dia.



No encontro da tarde, o Governo informou que não haverá possibilidade de aumento para a categoria da saúde, alegando insuficiência orçamentária e ainda a intenção de reduzir a verba destinada ao setor em 2026. A justificativa causou estranheza entre os presentes, considerando que outras categorias, como a da segurança pública, tiveram reajustes expressivos — em alguns casos superiores a 180%.


Além disso, chamou atenção o fato de que, há pouco tempo, o próprio governo esteve prestes a implementar a terceirização da saúde por um valor de aproximadamente R$ 500 milhões anuais, prevendo pagamentos de salários a médicos terceirizados no patamar de R$ 36 mil, ou seja, três vezes mais do que recebe atualmente um médico de carreira.




A reunião foi encerrada com os representantes sindicais sinalizando para um indicativo de greve, uma vez que todos os esforços de negociação e diálogo foram esgotados. Agora, o SIMERO deverá convocar uma Assembleia Geral Extraordinária (AGE) nos próximos dias, a fim de deliberar junto à categoria os próximos passos para cobrar do governo a valorização que os profissionais da saúde merecem.


A ausência de comprometimento do governo com a saúde, demonstrada pela postura adotada, fez com que os representantes das categorias deliberassem pela propositura de uma greve geral na saúde pública dos servidores do Estado de Rondônia.